terça-feira, 7 de maio de 2013

La vem a crise!!! Então vamos aproveitar...


Nos últimos anos temos acompanhado uma grande crise global que se iniciou desde 2008 até então, forçando os governantes a tomar várias medidas enérgicas afetando o crescimento dos principais mercados e a vida de todos.



Porem em tempos de crise, a diferença entre os gastadores e os investidores ficam ainda mais evidente. Em tempos difíceis os gastadores geralmente endividados ficam ainda mais apertados e em sua grande maioria acabam contraindo mais dívidas, já os investidores aproveitam a baixa dos preços em muitos mercados para crescer ainda mais. Afinal, "em tempos de crise uns choram e outros vendem lenços para os que choram" .



A crise que estamos sofrendo atualmente não é a primeira e nem a ultima pelo qual iremos passar pois isto é inevitável, porem de certa forma acaba sendo saudável para o mercado, mesmo que muitas pessoas (gastadores) tenham que sofrer com isso, pois as crises evidenciam ainda mais as pessoas e empresas mal planejadas , endividadas e com problemas de caixa.


Veja abaixo algumas crises ocorridas no passado:


1929- "The Big Crash" — Crise econômica mundial dos anos 1930 foi precipitada pela queda dos preços de produtos do mercado agrícola nos Estados Unidos. A bolha estourou em 29 de outubro de 1929 quando, após três meses de quedas consecutivas da produção e dos preços, foram vendidas de uma vez só 16 milhões de ações, o que afundou a Bolsa de Nova York. 


1944 — Após a Segunda Guerra Mundial, a comunidade internacional realiza uma conferência monetária e financeira patrocinada pelas Nações Unidas, da qual surgiram os acordos de Bretton Woods, que determinaram as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. Também foi criado o Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), assim como o uso do dólar como moeda de referência internacional. 


1971- "O fim do padrão ouro".


1973- "Embargo do petróleo durante a guerra Árabe-Israelense" — O corte de fornecimento dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no chamado primeiro choque do petróleo, durante a Guerra do Yom Kippur, provocou um aumento de US$ 2,50 a US$ 11,50 em 1974, provocando uma forte crise nos países mais industrializados.



1979- "A Revolução Iraniana" — A derrubada do Xá Mohammad Reza Pahlevi e a instauração da República Islâmica no Irã provocou o segundo choque do petróleo, e um novo colapso internacional. A crise afetou principalmente os países em desenvolvimento, que, junto ao aumento de preço que tinham que pagar pela commodity e pela inflação, tiveram que enfrentar um ciclo de crise financeira por sua elevada dívida externa. 


1980- "Iraque invade Irã" — No final do ano, o petróleo alcança novos preços recordes, de US$ 40 o barril, uma taxa que não tinha sido superada em dez anos. 


1987- "Segunda-feira Negra" — Milhões de investidores ao mesmo tempo começaram a vender suas ações na Bolsa de Nova York devido à crença generalizada da manipulação de informação privilegiada e à aquisição de empresas com dinheiro procedentes de empréstimos. O Dow Jones, então, desabou 22,6% de perdas em um único dia no qual superou as sucessivas baixas provocadas pela Grande Depressão, e que arrastou as bolsas europeias e japonesas. 


1997- "Crise do mercado asiático" — Em julho, a moeda tailandesa se desvalorizou, e, após ela, caíram as da Malásia, Indonésia e Filipinas, o que repercutiu também em Taiwan, Hong Kong e Coréia do Sul. Seu efeito arrastou o resto das economias e esta crise, que em um primeiro momento parecia ser regional, acabou se convertendo na primeira crise global. 


1998- "Crise do rublo" — O sistema bancário nacional da Rússia entrou em colapso, com uma suspensão parcial de pagamentos internacionais, a desvalorização da moeda russa e o congelamento dos depósitos em moeda estrangeira. 


2000- "Crise das .Com" — Os excessos da nova economia deixaram uma esteira de falências, fechamentos, compras e fusões no setor da internet e das telecomunicações e um grande buraco nas contas das empresas de capital risco.

Em 10 de março, o principal índice do Nasdaq, máximo expoente da "nova economia" e do sucesso das empresas de tecnologia, fechou em 5.048,62 pontos, seu recorde histórico. Em apenas três anos a crise apagou do mapa quase cinco mil companhias e algumas das grandes corporações de telecomunicações foram protagonistas dos maiores escândalos contábeis da história.


2001- "11 de Setembro" — Os atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas em Nova York e o Pentágono em Washington fizeram desabar as bolsas. O Nikkei caiu mais de 6% e as bolsas europeias tiveram fortes quedas que levaram os investidores a buscar abrigo no ouro e nos bônus do Tesouro americano.
 

2008 “Subprime” — A crise financeira originada nos EUA em consequência das hipotecas nocivas ("subprime") concedidas sem garantias a milhares de cidadãos acaba com os grandes gigantes financeiros do país e seu contágio se estende a todo o mundo e afeta as economias reais, causando a crise mais grave desde os anos 1930. 


2011- “Operação Salva-vidas” - Para evitar que esses bancos quebrassem e houvesse um possível dano maior à economia mundial, os governos realizaram uma operação de resgate, injetando recursos públicos nas instituições bancárias. O dinheiro público usado para salvar os bancos foi o principal motivo do alto endividamento atual dos governos. Com a "operação salva-vidas" dos bancos, os governos apostavam que a economia de seus Estados voltaria a se recuperar. Porém, a economia não cresceu na velocidade que se esperava. Com isso, o "remédio" do salvamento dos bancos surtiu apenas seu efeito colateral, mas não resolveu o problema em si.


2012 - “Crise do Euro” – Após o endividamento exagerado por parte dos governos, inicia-se o a crise do Euro, enfraquecimento da união europeia, levando vários países importantes do grupo praticamente a falência. Sendo necessária a tomada de várias medidas de austeridades por parte dos governantes, assim como cortes de cursos e desemprego em larga escala.



Já passamos por vários períodos de crise global como a grande depressão onde inúmeras empresas quebraram e vários investidores aproveitaram essas oportunidades para comprar essas empresas e reergue-las após a depressão. Assim como a bolha das ponto.COM, quebra das empresas de tecnologia que acabaram afetando não só empresas virtuais como vários outros mercados, propiciando a compra de ações de várias empresas sólidas a preços baixos. Outro exemplo recente foi a bolha imobiliária em 2008 (subprime) que espalhou papel podre por todo o globo gerando oportunidades de compra de imóveis a preços simbólicos, proporcionando grandes ganhos.


Os gastadores e os investidores possuem mentalidades bem diferentes, pois os gastadores procuram diminuir seus gastos geralmente cortando supérfluos e diminuindo alguns gastos elementares já que as dívidas não podem ser cortadas aguardando o fim da tempestade. Já os investidores encaram estes momentos como oportunidades de sair às compras e  aumentar ainda mais seu patrimônio, ou seja, em vez de cortar gastos eles buscam novas formas de ganhar dinheiro.


Buscam investimentos, empresas, bens, imóveis, negócios, ações que possam comprar a preços baixos e após a crise vende-las a preços mais atraentes justamente para os gastadores que seduzidos pela alta do mercado, acabam comprando estes empreendimentos achando que estão fazendo um bom negócio.


Realizada uma análise do gráfico IBOV abaixo observamos os efeitos das ultimas grandes crises ocorridas e percebemos que do ponto de vista de investimentos a oscilação dos preços das ações (ou outros negócios) acabam sendo saudáveis para o mercado, pois torna possível a realização de negócios a preços baixos. Veja que sempre após o fim da crise o mercado tende a voltar para seu preço justo, já que as empresas saudáveis com boa governança e baixo endividamento continuam funcionando e gerando lucros. Acabam voltando para a cotação correta, gerando grandes ganhos para os investidores e prejuízos para a manada. 


Na crise de 2008 onde o mercado teve uma queda de aproximadamente 40.000 pontos, inúmeras empresas passaram da noite para o dia a valer centavos e como vemos no gráfico acabaram voltando a seu patamar original um ano depois, isso significa que muito investidores aproveitaram este período para dobrar seu patrimônio, o mesmo ocorrendo nas crises de 2011 e agora na “Crise de Euro”.





Portanto procure mais informações sobre essas oscilações do mercado, evite o efeito manada,  procure entrar quando todos estão saindo e sair quando todos estão entrando, assim como um surfista que espera pela melhor onda para surfar. Aproveite a grande onda da crise para começar a remar e quando o mercado reagir você estará por cima da onda surfando enquanto os outros tentam não se afogar.


Este tipo de mentalidade não se aplica somente a megainvestidores mas também aos pequenos investidores que buscam rentabilizar seu patrimônio da melhor forma. Porem de nada adianta se você não seguir seu plano de investimentos (curto, médio e longo prazo) como planejado.


Lembre-se que o mercado está constantemente mudando, então sempre avalie o desempenho de seus investimentos e se necessário efetue alterações, não fique sentado em cima de seus investimentos esperando que um dia eles melhorem, pois esse dia pode não chegar.



Portanto não perca tempo e comece a remar em busca da próxima onda (crise).