Continuando com o tema Oniomania, segue abaixo mais informações sobre este assunto e como tratá-lo.
Crença
Crença
Muitas
pessoas com sintomas depressivos ou depressão propriamente dita,
associam compras com melhora no humor, ânimo ou disposição e desenvolvem
compulsão não apenas pelo prazer ou desejo de adquirir o objeto em si,
mas também, por serem bem tratadas pelos atendentes, pelo ambiente
agradável das lojas e shoppings diminuindo mesmo que por um breve
momento carências pessoais e afetivas. Muitos justificam esses
comportamentos desmedidos, com pensamentos e crenças do tipo: “Eu
mereço.” ou “Eu preciso”, julgando-se merecedora de recompensas
materiais por trabalhar longas jornadas, por ser boa mãe, esposa, empresário ou executivo bem-sucedido, usando-as como fuga.
"As
mulheres são “coletoras” desde a era das cavernas. Ela tem um papel
social e até genético que a define como sendo a pessoa que busca
elementos necessários para suprir a família e os trás para casa. Até
hoje, em nosso mundo moderno, a mulher é normalmente a responsável pela
compra dos alimentos, das roupas das crianças e até acompanha o marido
em suas compras pessoais. Talvez seja este papel que facilite, dando uma
certa autorização para ir as compras."
Mídia
Há
várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência
que as empresas, por meio da propaganda e da publicidade, bem como a
cultura industrial, por meio da TV e do cinema, exercem nas pessoas.
Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um
fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade atual. (fonte:
Wikipedia)
A
sociedade também é responsável pela manifestação e manutenção desse
transtorno, por reforçar a ideia de que o ter é mais importante que o
ser; por priorizar o consumo e a posse de bens materiais e relegar as
relações afetivas e o conhecimento a um plano secundário. A
mensagem amplamente difundida através de órgãos publicitários e
conversas informais de que um determinado bem tornará o homem feliz,
mais respeitado e melhor aceito, atinge a mentalidade de pessoas com
pouca ou nenhuma compreensão dos verdadeiros valores sociais e morais
levando-as ao desespero, conflitos familiares e sociais dos mais
diversos níveis de gravidade.
É
comum assistirmos a filmes, seriados e novelas onde pessoas ricas vão
ao shopping para fazer compras para aliviar suas tensões, onde é chic
poder gastar desenfreadamente e ter uma guarda roupas lotado de produto
que nem sabe que existe, escutar musicas sobre cantores
exibindo carrões, joias e mulheres bonitas, as chamadas musicas de
apologia a ostentação onde o melhor é quem gasta mais. Somos
bombardeados diariamente em tvs, rádios, outdoors, folhetos através
de campanhas de marketing cujo único objetivo é estimular cada vez mais o
consumo. Na verdade todos nós somos sugestionáveis, por que às vezes nos
deixamos levar pelo consumos exagerado. O importante é sempre nos
vigiarmos para que não deixemos o externo controlar nossos
comportamentos, e sim para que nós mesmos consigamos controlá-lo.
Nós devemos controlar nossa mente e não nossa mente nos controlar.
Crédito facilitado
Os
apelos comerciais através do aumento do número de parcelas e prazo de
entrada; ofertas e liquidações; promoções de coquetéis; frequentes
abordagens (ligações, envios de catálogos, e-mails, cartões de descontos
em aniversários) aumentam as vendas e os riscos de inadimplência,
fazendo com que pessoas que já possuem esse tipo de tendência ao consumo
seja atraídas como ímã. O crédito facilitado ao contrario do que parece
é extremamente prejudicial a vida das pessoas, gerando um enorme prejuízo financeiros (dívidas) e em consequência disso danos
psicológicos.
O
poder das instituições financeiras diante dos super-endividados tem sido
questionado pela Justiça. Em duas sentenças inéditas, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro condenou o banco Itaú por fornecer crédito consignado acima das possibilidades dos endividados crônicos. “Não se
trata de fazer apologia à figura do mau pagador ou de instituir o calote
público, mas de analisar a responsabilidade financeira pela má
concessão de crédito em valor muito superior à capacidade de
endividamento do cliente”, afirma o relator, o desembargador Marcos
Torres. Segundo especialistas, os idosos são as maiores vítimas nesses
casos. (Fonte: IstoÉ)
A
inversão de valores e o menosprezo de que toda decisão de compra
envolve riscos, favorecem a contração de dívidas e, muitos portadores
desse transtorno, podem chegar ao ponto de obrigarem familiares a dispor de grandes quantias financeiras, bens e até da casa própria.
Consequências
Muitas
pessoas recorrem a agiotas para suprir os gastos, o que só faz aumentar
as dívidas e piorar ainda mais a situação; enfrentam sérios prejuízos
nos relacionamentos conjugal, familiar e profissional e, não raro têm nome incluído em empresas como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e SERASA. E nos casos mais graves chegando até o suicídio já que não
conseguem mais aguentar sua próprias frustrações. Muitas instituições
não contratam candidatos cujos nomes estão incluídos nos cadastros do
SPC e SERASA e, algumas demitem funcionários nessas condições, sem
esclarecer os reais motivos do desligamento da empresa.
Tratamento:
Cresce
cada vez mais o número de pessoas que procuram ajuda psicológica ou
psiquiátrica para controlar o consumo compulsivo, para isso é preciso
ajuda de diversos profissionais, psiquiatra, psicólogo, consultor financeiro e muito apoio da família.
Primeiro
passo é admitir a doença e deseja se tratar. A parte psiquiátrica é
feita à base de medicação, que normalmente é antidepressiva, porque para
todos os tipos de compulsão o remédio é o mesmo. Já a
parte psicológica, é feita com sessões de psicoterapia e
por fim a ajuda de um consultor financeiro que irá aos poucos organizar as finanças pessoais do paciente. Outra opção de tratamento é buscar
ajuda junto aos Devedores Anônimos (DA), trata-se de uma irmandade de
homens e mulheres que compartilham sua experiência, força e esperança
com cada um que possa ter problemas em comum e ajudam uns aos outros a
se recuperarem do débito compulsivo. Funciona dentro dos moldes
dos Alcoólicos Anônimos, nela procura-se trilhar os 12 Passos e as 12
Tradições, a fim de conseguir a recuperação.
Onde buscar Ajuda:
Rio de Janeiro
Igreja Santíssima Trindade
Rua Senador Vergueiro,141- Flamengo
São Paulo
Igreja Nossa Senhora Perpétua do Socorro
Rua Sampaio Vidal, 1.055 - 1° andar - Jardins - São Paulo/SP
Igreja Santa Ifigênia
Rua Santa Ifigênia, 30 - Centro - São Paulo/SP
Paróquia São Luís Maria de Mont Fort
Rua Dr. Carmelo D' Agostinho, 149 - São Paulo/SP
Fontes:
Igreja Santíssima Trindade
Rua Senador Vergueiro,141- Flamengo
São Paulo
Igreja Nossa Senhora Perpétua do Socorro
Rua Sampaio Vidal, 1.055 - 1° andar - Jardins - São Paulo/SP
Igreja Santa Ifigênia
Rua Santa Ifigênia, 30 - Centro - São Paulo/SP
Paróquia São Luís Maria de Mont Fort
Rua Dr. Carmelo D' Agostinho, 149 - São Paulo/SP
PRO-AMITI - Serviço do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
R. Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - São Paulo
R. Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - São Paulo
http://devedoresanonimos-rio.org/ - Rio de Janeiro - tel: (21) 8178-0606
http://www.devedoresanonimos-sp.com.br/site/ - São Paulo -
http://devedoresanonimosmg.blogspot.com.br/ - Minas Gerais
Fontes:
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