segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Simplifique, sua vida ficará bem melhor.

No mundo moderno, vivemos em uma sociedade repleta de tribos e preconceitos de consumo, onde possuir um determinado produto ou frequentar um lugar pode significar inclusão ou exclusão social. Vivemos em uma sociedade pautada pelo consumismo frenético e desproporcional, um mundo de ilusão, imagem e status falsos. Uma sociedade de consumo onde a cultura da ostentação é cada vez mais evidente, onde pessoas buscam adquirir produtos para se exibirem perante os outros afirmando seu status, mesmo que isso possa lhe custar mais caro do que imaginam. Uma cultura do "Compre!!!, Compre!!! e Compre!!!", em que todos os meios de comunicação estimulam o consumo desenfreado apelando para prazeres, beleza, saúde pessoal, familiar e status que deseja alcançar, atraindo-os como presas inocentes que estão prestes a serem abatidas. 

Um país onde os parcelamentos e os empréstimos são cada vez mais fartos e disponíveis a cada esquina, estrangulando cada vez mais o bolso de uma população já sufocada pelos altos impostos  que pagam. Um povo visivelmente dependente de empréstimos, já em estado crítico devido a grande quantidade dívidas que não consegue pagar, é como um dependente químico que não consegue parar.

É muito comum encontrarmos pessoas e famílias tentando viver padrões de vida incompatíveis com sua realidade, afundando-se cada vez mais em dívidas justamente para tentar se manter junto a um grupo ou classe social que frequenta. Muitos, devido a uma rotina de trabalho cada vez mais sacrificante acabam usando o consumo como válvula de escape, a fim de obter prazer e carinho, mesmo que apenas pelo breve período da compra. Uma doença chamada de Oniomania ou transtorno do consumo compulsivo, que atinge a 8% dos americanos e uma parte significativa dos 22% dos brasileiros que possuem dívidas impagáveis e de 85% das famílias que têm despesas superiores aos rendimentos, segundo o IBGE. (fonte: Luciane Evans).

Por que passar por isso? Não seria melhor seguir na contramão da sociedade contemporânea e viver uma vida simples?     

Viver uma vida onde a felicidade está na família e na convivência com seus verdadeiros amigos e não dentro de um Shopping Center adquirindo um tênis novos que acabou de ser lançado. Comprar somente o necessário e ter uma vida com menos stress e complicações é muito melhor! Não se trata de um movimento ideológico, religioso ou de qualquer natureza, apenas a busca pela felicidade conforme o ditado:

"Felicidade não se compra e nem se troca. Se conquista!!!"

Podemos acompanhar inúmeros exemplos de simplicidade mundo afora, como o caso do ex-guerrilheiro José Mujica, atual presidente do Uruguai que mora em uma casa simples em Montevidéu, sem empregado nenhum. Seu aparato de segurança são dois policiais à paisana estacionados em uma rua de terra. Outro exemplo recente de simplicidade é o papa argentino Francisco, que despertou a simpatia de todos (católicos e não católicos), por quebrar o protocolo da igreja e levar uma vida simples junto a seu povo. Sabe-se que antes de ser nomeado papa, ele andava de metrô e Ônibus por Buenos Aires e cozinhava a própria comida. Já como líder do catolicismo, ele dispensou o carro oficial e caminhou pelas ruas, aproximando-se mais do povo.  (fonte: Luciane Evans).

Não é preciso ir a Roma ou ao Uruguai para conhecer pessoas que optaram por esse modo de vida, pois existem pessoas cada vez mais próximas de nós buscando a felicidade.

"A simplicidade nos obriga a olhar para nós mesmo."

Isso não significa se desfazer de tudo e morar em uma caverna sem conforto nenhum, e sim questionar seus hábitos de consumo. Não sair comprando apenas porque existe um produto mais novo no mercado, está na moda ou porque todos estão comprando e sim, porque é realmente necessário em sua vida pessoal, profissional ou familiar. Carro, só para locomoção. Telefone não precisa ser o mais caro, só porque o anterior tem meio mega-pixel a menos ou uma funcionalidade que não agrega nada em sua vida. Roupas e sapatos novos só em caso de extrema necessidade. Afinal, para que mais? De que adianta ter um guarda roupas cheio, um belo carro na garagem e um monte de dívidas que lhe tiram o sono.

"Mudar os hábitos de consumo e só comprar produtos de que realmente precisa é uma opção de vida de quem busca ser mais saudável."

Foram essas as perguntas que motivaram a psicóloga Marina Paula Silva Viana, de 28 anos, a enfrentar um desafio: um ano sem compras. De junho de 2011 até junho de 2012, ela não comprou nada de supérfluo e criou um blog na internet relatando sua experiência durante esse período. A página levou o nome do desafio: Um Ano sem Compras. Mineira de Belo Horizonte, a jovem mora desde 2008 em Curitiba e achava que a proposta seria difícil. “O mais complicado é conter o primeiro impulso. Mas vi que isso é bem possível.” O dinheiro que usava para comprar roupas, bolsas, calçados e cosméticos foi gasto em lazer. “Sempre gostei dessa opção de vida, e queria fazer essa experiência. Você percebe que tem outras prioridades na vida. Passei a fazer mais programas ao ar livre, a aproveitar atividades intelectuais. Quando estamos imersos no consumo, deixamos o que nos dá prazer em segundo plano. Passada essa experiência, hoje compro bem menos e me foquei no que é essencial para mim.”

Como psicóloga, Marina conta que muitos pacientes trazem para o consultório frustrações vindas do consumo. “As pessoas estão consumindo mais. E isso acaba tendo uma função psicológica. Ela acabam acreditando que a personalidade está ligada ao que consomem.” (fonte: Luciane Evans).

Ter uma vida simples traz vários benefícios, tais como saúde financeira pois com menos gastos terá menos dívidas, com menos produtos adquiridos seus gastos com manutenção serão menores, trazendo mais tranquilidade. Com isso terá menos preocupações no dia-a-dia além de buscar mais atividades saudáveis ao invés de compras. Sua casa ficará menos abarrotada de coisas proporcionando menos desperdícios, mais espaço e beleza, ou seja, um ambiente mais saudável para o convívio familiar. Terá menos preocupações com o futuro já que o dinheiro que era gasto desnecessariamente agora será investido no que existe de melhor, você!!!

Então reveja seus conceitos porque o simples significa saúde, beleza, bem estar. Você merece!

Um comentário:

  1. Bem legal!
    É como diz a frase "Rico não é o que tem mais, mas o que precisa de menos".
    Claro que todos devem ter uma vida digna. O que está errado é essa necessidade de ostentação, aparências e até mesmo comparações. Pior ainda quando leva a endividamento e frustrações.
    Bjs,
    V. Marmo

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